quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A FESTA
O Salmista canta da Alegria e Tristeza de
uma grande Ceia




PASSEI os meus dias contemplando os preparativos para a grande festa que fora celebrada de certa forma com muitos fingimentos dos quais sabia eu que não era costume de uma família humilde comportar-se de tal maneira.
E nem tão pouco procedia de mim, em portar-me de maneira vil como alguns da Casa haviam pensado; pois, o meu íntimo desejava em tão somente fazer parte das alegrias que então estavam sendo preparadas.



Não era de meu costume em arder-me em iras com um povo que soube amar-me quando os da minha própria Casa me deixaram. Celebraram então a festa; todos comeram e beberam do que tinha mais de bom da terra e que enchiam as mesas com fartos banquetes.




Mas os presentes que eram oferecidos uns aos outros não foi dado ao Rei. O nosso Rei Jeová o qual mesmo não importando-se de não ser lembrado pelos Seus, contemplava dos Céus a alegria de Seu povo; como está escrito: “Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam”.¹
Não queria recordar-me de um passado do qual só me trouxe frustração; mas desejo contemplar o futuro que para mim está guardado por Deus; como está escrito: “Ouve, filha, e olha, e inclina teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa de teu pai. Então o rei se afeiçoará à tua formosura, pois Ele é o teu Senhor; adora-O”.² Sim, eu adorarei ao meu Senhor, e cantarei do que tem feito. Se os reis do Oriente visitaram ao nosso Deus e lhes entregaram presentes, porque eu não poderia visitar ao maior de todos os reis deste Século e oferecê-LO o presente que mais O agrada?


Contemplei e vi, que a festa do qual Deus fora esquecido se estendeu a Madrugada. Os Seus louvores foram cantados por outros que desviando deles a sua atenção do Céu, cantaram músicas profanas dos quais não era lícito aos justos como convém a santos.
E assim sucedeu, e mais uma vez dormi do lado do meu anjo que não me rejeitou, mas eu é que fui indiferente para com ele; como está escrito: “Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e Arão”.³


E aqui chegamos para celebrar o menino que nos nasceu, o Filho da Salvação que nos deu para a remissão dos pecados dos homens. Esse é o Todo-Poderoso Deus Jeová que em nosso meio surgiu para salvar-nos dos flagelos deste Mundo; porque assim está escrito: “Mas fez com que o Seu povo saísse como ovelhas, e os guiou pelo deserto como a um rebanho”.4 O Senhor também me guiou pois, eu estava no meio daquela multidão. E se o curso do Mundo voltasse as primícias, digo com certeza de que seria guiado pelo meu Deus. Disse um Sábio: “A Graça de Deus, porém, é sempre boa, e faz com que tenha boa vontade quem antes tinha a má”.5  Celebremo-nos a graça de nosso Senhor! Cantemo-nos dos feitos, para que no ano aceitável possamos ser glorificados n’Ele da mesma forma que glorificamos a Ele. Festejai a vinda do Senhor com alegria! Porque Deus está em nosso meio para sempre. LOUVEM A DEUS!!!


1)     João 1:11
2)     Salmos 45:10-11
3)     Salmos 77:20
4)     Salmos 78:52
5)     Santo Agostinho – Fonte: Agostinho de A a Z pág.135




                                     PABLO DUARTE

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